sexta-feira, 27 de abril de 2018

DOENÇA DE PARKINSON E A ENFERMAGEM: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS

Bom dia PROFISSIONAIS da SAÚDE!!!!!

Tudo bem com vocês???

Hoje eu estou muito feliz, pois acordei de manhã e fui no sites de ranking de Blogs, e o nosso espaço de enfermagem está em 10º lugar no Ranking de Blog da saúde. Fico muito agradecido pela audiência do blog. E como de costume, vou falar sobre o processo saúde-doença dos clientes acometidos por patologia, mas não é qualquer patologia: Hoje abordaremos a DOENÇA DE PARKINSON!


A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo e lentamente progressivo, que afeta os centros cerebrais responsáveis pelo controle e pela regulação do movimento. A forma degenerativa ou idiopática da doença de Parkinson é a mais comum; existe também uma forma secundária com causa conhecida ou suspeita. Na maioria dos casos, a etiologia da doença é desconhecida. No entanto, as pesquisas sugerem diversos fatores causais (p. ex, genética, aterosclerose, infecções virais e traumatismo cranioencefálico). A doença geralmente aparece pela primeira vez na quinta década de vida, e constitui a quartqa doença neurodegenerativa mais comum.


FISIOPATOLOGIA:

A doença de Parkinson está associada a níveis diminuídos de dopamina, em consequência da destruição das células neuronais pigmentadas na substância nigra localizada na região dos núcleos da base do encéfalo. A perda das reservas de dopamina nessa área do encéfalo resulta em mais neurotransmissores excitatórios que inibitórios, levando a um desequilíbrio que afeta o movimento voluntário. A degeneração celular causa comprometimento dos tratos extrapiramidais que controlam as funções semiautomáticas e os movimentos coordenados. As células motoras do córtex motor e os tratos piramidais são afetados. O estresse oxidativo e o acúmulo de proteínas podem contribuir para a morte neuronal.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

• Tremores em repouso manifestam-se como movimentos unilaterais e lentos do antebraço e da mão e movimento do polegar contra os dedos, como se o cliente estivesse rolando pílulas. Os tremores em repouso aumentam com a concentração e a ansiedade;
• Rigidez muscular;
• Comprometimento do movimento: a bradicinesia;
• Perdas dos reflexos posturais, marcha arrastada e perda do equilíbrio;
• Outros sintomas: sudorese excessiva, rubor paroxístico, hipotensão ortostática, retenção gástrica e urinária, constipação intestinal e disfunção sexual. Alterações psiquiátricas (depressão, demência, delírio e alucinações). Micrografia (escrita em tamanho pequeno), hipocinesia (movimento diminuído), disfonia (fala arrastada, pastosa, baixa e menos audível).


ACHADOS DIAGNÓSTICOS:

História clínica e exame físico;
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT);
• Resposta ao manejo farmacológico;


TRATAMENTO CLÍNICO:

 Levodopa constitui o agente mais efetivo e a base do tratamento; adiar o início da levodopa o máximo possível para evitar a síndrome de liga-desliga e outros efeitos adversos;
• Agentes anticolinérgicos, para o controle dos tremores e da rigidez;
• Cloridrato de amantadina, um agente antiviral, para reduzir a rigidez, os tremores e a bradicinesia;
• Agonistas da dopamina (pergolida, mesilato de bromocriptina, ropirinol e pramipexol);
• Inibidores da monoamina oxidase (IMAO), para amenizar a degradação da dopamina;
• Inibidores da catecol-O-metiltransferase (COMT), para reduzir as flutuações motoras;
• Medicamentos antidepressivos (tricíclicos, inibidores da recaptação de serotonina);
• Anti-histamínicos, para reduzir os tremores.

TRATAMENTO CIRÚRGICO:

• Estimulação encefálica profunda (EEP) por meio de eletrodos implantados pode ajudar a estimular a liberação de dopamina e bloquear a produção de acetilcolina nas vias nervosas do encéfalo que causam tremores;
• As cirurgias para destruir parte do tálamo (talamotomia e palidotomia estereotáxicas) para interromper vias nervosas são raramente utilizadas na prática atual;
• Transplante de células neurais de tecido fetal de origem humana ou animal, a fim de restabelecer a liberação normal de dopamina, ainda está em fase de pesquisa;



DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 

• Mobilidade física prejudicada, relacionada com rigidez muscular e fraqueza motora;
• Deficit do autocuidado (alimentar-se, beber, vestir-se, fazer higiene), relacionados com os tremores e o distúrbio motor;
• Constipação intestinal, relacionada com a medicação e a redução da atividade;
• Nutrição desequilibrada, menor do que as necessidades corporais, relacionada com os tremores, a lentidão durante a alimentação, dificuldade de mastigação e a deglutição;
• Comunicação verbal prejudicada, relacionada com a diminuição do volume da fala, dificuldade de mover os músculos faciais e lentidão da fala;

OBS: CADA PACIENTE PODE POSSUIR UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DIFERENTE. CABE AO ENFERMEIRO AVALIAR, REALIZAR O EXAME FÍSICO E HISTÓRIA CLÍNICA PARA DEFINIR O DIAGNÓSTICO CERTO.

PRESCRIÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Administrar medicamentos, conforme a prescrição médica;
• Realizar o aprazamento das medicações, conforme a necessidade do cliente;
• Planejar juntamente com o cliente, programa progressivo de exercícios diários;
• Incentivar os exercícios posturais para combater á tendência da cabeça e do pescoço a ficar inclinados para a frente e para baixo;
• Incentivar exercícios para mobilidade das articulações;
• Incentivar, orientar e fornecer apoio nas atividades diárias;
• Aumentar o consumo de líquidos; 
• Consumir alimentos com conteúdo moderado de fibras;
• Fornecer uma dieta semissólida com líquidos espessos, que são mais fáceis de deglutir;
• Promover a deglutição e evitar a aspiração, ensinando o cliente a sentar-se ereto durante as refeições;
• Monitorar semanalmente o peso do cliente;
• Encaminha-lo para o nutricionista para definir as necessidades nutricionais do cliente;
• Encaminha-lo para o fisioterapeuta, para definir os melhores exercícios para o cliente;
• Encaminha-lo ao médico, para avaliar a progressão da doença e definir condutas terapêuticas adequadas;
• Auxiliar o médico na avaliação dos medicamentos prescritos;
• Auxiliar o cliente nas atividades de higiene, movimentação, alimentação e medicação;



Existem muitos outros cuidados, isso vai variar de cliente para cliente. Espero que tenham gostado! 

Até a próxima...

quinta-feira, 26 de abril de 2018

ALZHEIMER E A ENFERMAGEM: PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS E PRESCRIÇÕES DE CUIDADOS!

Boa tarde PROFISSIONAIS de SAÚDE!

Tudo bem com vocês?

Hoje vamos apresentar para vocês, uma doença muito conhecidas por milhões de pessoas e que afetam milhares de famílias pelo mundo. Essa doença é bem comum, para ser mais sincero, essa doença é a quinta causa principal de morte de indivíduos idosos (BRUNNER & SUDDATH, 2016). Como  o próprio título nos diz, estamos falando da DOENÇA DE ALZHEIMER.


A doença de Alzheimer é um dos tipos mais comuns de demência, e trata-se de uma doença neurológica degenerativa progressiva e irreversível, que começa de modo insidioso e que se caracteriza por perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios no comportamento e afeto. É importante assinalar que o Alzheimer não constitui parte normal do processo de envelhecimento (BRUNNER & SUDDATH, 2016).

Embora a maior situação de risco para o Alzheimer seja a idade crescente, muitos fatores ambientais, nutricionais e inflamatórios também podem determinar se uma pessoa irá sofrer dessa doença cognitiva. O Alzheimer é um distúrbio cerebral complexo, causado por uma combinação de diversos fatores que podem incluir genética, alterações de neurotransmissores, anormalidades vasculares, hormônios de estresse, alterações circadianas, traumatismo cranioencefálico e presença de transtornos convulsivos. (BRUNNER & SUDDATH, 2016).

O Alzheimer se classifica em dois tipos: Familiar ou de início precoce, e a doença de Alzheimer esporádica ou de início tardio.

FISIOPATOLOGIA

Em clientes com DA (doença de Alzheimer), são observadas alterações neuropatológicas e bioquímicas específicas. Essas alterações incluem emaranhados neurofibrilares e placas senis ou neuríticas. Ocorre lesão neuronal principalmente no córtex cerebral, resultando em diminuição do tamanho do encéfalo. 

São encontradas alterações semelhantes no tecido cerebral normal de idosos, porém em menor grau. As células que utilizam o neurotransmissor acetilcolina são afetadas principalmente pela DA. Em nível bioquímico, observa-se diminuição da enzima ativa na produção de acetilcolina, que está especificamente envolvida no processamento da memória.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

• Esquecimento e perda de memória recente;
• A conversa torna-se difícil, e ocorrem dificuldades em encontrar as palavras;
• As capacidades de formular conceitos e de pensar de modo abstrato desaparecem;
• Comportamento impulsivo inapropriado;
• Alterações na personalidade são evidentes;
• Por fim, o cliente necessita de assistência para a maioria das atividades da vida diária (AVDs), incluindo alimentação e higiene íntima, devido ao desenvolvimento de disfagia e incontinência;
• O estágio terminal pode durar meses ou anos, durante os quais o cliente geralmente fica imóvel e necessita de cuidado total;
A morte costuma ocorrer em consequência das complicações de PNEUMONIA, DESNUTRIÇÃO ou DESIDRATAÇÃO.

ACHADOS DIAGNÓSTICOS:

• História Clínica e Exame físico;
• Tomografia Computadorizada;
• Ressonância Magnética;
• Eletroencefalografia (EEG);
• Exames complementares (hemograma completo, perfil bioquímico e níveis de vitamina B12 e hormônios tireoidianos) e exame do líquido cerebrospinal;



TRATAMENTO CLÍNICO:

• A principal meta consiste no controle dos sintomas cognitivos e comportamentais. Não existe nenhuma cura para a DA. Contudo, vários medicamentos foram introduzidos para retardar a sua progressão. 
• Para os sintomas leves a moderados, os inibidores da colinesterase (ICEs), como o cloridrato de donepezila, tartarato de rivastigmina, bromidrato de galantamina e tacrina, podem melhorar a capacidade cognitiva dentro de 6 a 12 meses de tratamento. Esses medicamentos aumentam a captação de acetilcolina no cérebro, mantendo as habilidades de memória por certo período de tempo. 
• A combinação com memantina também pode ser útil para os sintomas cognitivos leves a moderados.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 

• Confusão crônica relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Risco de lesão relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais, relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Intolerância á atividade, relacionada com o desequilíbrio no padrão de atividade-repouso;
• Déficit do autocuidado, banho e higiene íntima, alimentação, ação de vestir-se, relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Conhecimento deficiente relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Processos familiares interrompidos, relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Risco de incontinência urinária, relacionada com o declínio da função cognitiva;
• Risco de integridade tissular cerebral diminuído;

OBS: Os diagnósticos de enfermagem podem alterar, dependendo da pessoa. Por isso, um exame físico detalhado e profundo deve ser realizado em cada paciente.

PRESCRIÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Administrar medicamentos prescritos, conforme a solicitação médica;
• Proporcionar um ambiente calmo e previsível para reduzir ao mínimo a confusão e a desorientação do cliente;
• Limitar os estímulos ambientais e estabelecer uma rotina regular;
• Ajudar o cliente a ter uma sensação de segurança, falando com ele de maneira calma e agradável e fornecendo explicações claras e simples;
• Evitar quedas ou lesões removendo perigos óbvios;
• Proibir o cliente a conduzir veículos automotores e realizar outras atividades consideradas perigosas (fazer comida, tomar banho sozinha, etc);
• Cortar o alimento em pequenos pedaços para evitar a sufocação do cliente e converter os líquidos em gelatina para facilitar a deglutição;
•  Fornecer apoio emocional constante para reforçar uma autoimagem positiva;
• Auxiliar o cliente na alimentação, no banho e na higiene íntima, em vestir-se e apoia-lo sempre que possível;
• Realizar atividade lúdicas que melhorem a cognição do paciente;


PESSOAL: EXISTEM MUITO MAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A SEREM FEITOS AO CLIENTE COM ALZHEIMER. OS CUIDADOS VÃO VARIAR DE PESSOA PARA PESSOA. COLOQUEI OS QUE EU ACHEI MAIS IMPORTANTES PARA PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE. 


Até a próxima....

quarta-feira, 25 de abril de 2018

CUIDADOS PALIATIVOS: O VERDADEIRO CUIDADO!

Boa noite PROFISSIONAIS de SAÚDE!!!

Tudo bem com vocês?

Esta noite iremos abordar sobre um assunto muito pouco comentado entre a comunidade médica e de saúde em geral, que é a questão dos cuidados paliativos. O cuidado paliativo nada mais é do que os cuidados realizados ao paciente que não visa a cura de uma doença, mas promove uma melhor qualidade de vida, com poucos ou nenhum procedimento invasivo e incentivo ao bem estar deste paciente/família.

A enfermagem como ciência do cuidado, é autora principal e fundamental dos cuidados paliativos prestados ao paciente e sua família. Devemos entender o doente como um ser humano que foi afligido por uma patologia e que sofre diversas consequências ligadas direta ou indiretamente com essa doença. No contexto dos cuidados paliativos, o paciente deve ser cuidado em todo seu estado biopsicossociocultural e espiritual também. 


Devemos incentivar o cuidado paliativo durante o tratamento convencional, não só quando o tratamento não for eficaz. O erro de muitos profissionais da saúde é achar que os cuidados paliativos devem ser feitos depois que o tratamento clínico não surtiu efeito desejado, não produziu a cura. Infelizmente, muitos clientes com doenças graves não recebe o cuidado devido. A paliação visa a melhora da qualidade de vida, controle dos sinais e sintomas e um tratamento que vai além do corpo.


Eu falo com propriedade sobre esse assunto porque foi o tema que escolhi para realizar meu TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO na graduação. Estudei muito sobre o assunto a ponto de entender muito mais do que pessoas que já trabalham na área a anos. Entrevistei médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e os resultados que obtive ao longo desse processo foi de que os cuidados paliativos ainda é "mal vista" entre a comunidade de saúde, uma vez que a grande maioria tem pensamentos errôneos sobre o que é o cuidado paliativo e em que momento devemos incluir ele no processo de saúde-doença do paciente.


Então, neste assunto, vou relatar os principais métodos terapêuticos dentro do cuidado paliativo que visam a melhora da qualidade de vida, diminuição dos sinais e sintomas indesejáveis, e logo após, vou falar sobre como devemos observar o paciente. Vale lembrar aqui que todos esses métodos podem ser aplicados em qualquer momento da terapêutica clínica tradicional, independente do tipo de doença a ser combatida. A equipe deve avaliar, dentro das suas possibilidades, quais métodos podem ser feitos para a melhora da qualidade de vida de seus pacientes.

MÉTODOS TERAPÊUTICOS EM CUIDADOS PALIATIVOS

• Massagem terapêutica;
• Balneoterapia com água morna;
• Eletroterapia;
• Biofeedback;
• Cinesioterapia;
• Dieta livre (casos terminais da doença);
• Higiene e conforto do cliente;
• Meditação;
• Acupuntura e eletroacupuntura;
• Atenção espiritual e psicológico;
• Crioterapia;
• Musicoterapia;

Todos esses métodos são utilizados na prática clínica dos cuidados paliativos, e devem ser encorajado sempre que puder, e conforme a necessidade. Vale lembrar que não é só o enfermeiro que deve encorajar esse tratamento, mas sim, os fisioterapeutas e os médicos que também fazem parte do cuidado desse cliente. Além desses métodos, utilizamos o uso de antipiréticos, analgésicos e outros medicamentos que auxiliem nos cuidados paliativo. Cabe aos médicos decidirem quais medicamentos devem ser utilizados e cabe ao enfermeiro em que horário esses medicamentos devem ser consumidos.

COMO DEVEMOS OBSERVAR O PACIENTE ENFERMO?

A pessoa que adoece é um ser humano que possui necessidades a serem atendidas. Higiene, conforto, alimentação, eliminação, saúde espiritual e sexual, entre outros. Cabe a nós, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de saúde, a observar esse cliente no seu todo, de caráter holístico, para que todos esses métodos terapêuticos dentro do cuidado paliativo, sejam bem sucedidos. 


Essa pessoa que adoece possui uma família que o ama. Devemos incluir a família dentro do contexto dos cuidados paliativos, oferecendo todo apoio psicossocial que a família merece. As vezes, só pelo fato de nós estarmos ouvindo os familiares a desabafar sobre todo o processo de saúde-doença de seu parente, isso conforta bastante e mostra que nós estamos interessados em cuidar de todos. Nas doenças terminais, não é só o paciente que está doente, mas quem o ama também está!

Até a próxima pessoal!

PROCESSO DIGESTIVO vs PROCESSO NUTRITIVO: COMO EMAGRECER!

Boa tarde Profissional de Saúde!!

Tudo bem com você?

Como de costume do nosso blog, sempre abordamos temas ligados a promoção, proteção e recuperação da saúde, além de prevenção e tratamento de doenças e agravos a saúde do indivíduo e/ou família. Dessa vez, para nosso tema, irei falar um pouco a respeito do processo digestivo do ser humano e do processo nutritivo que são duas coisas diferentes.



A referência para este tema veio de um livro de Nutrição aplicada a Enfermagem, da Professora Flávia Melo, é um livro bem interessante e explica de forma fácil e prática sobre nutrição clínica e coletiva. Dando seguimento ao nosso tema, a Enfermagem como ciência do cuidado, na saúde, tem uma visão holística do ser humano, estudando desde conceitos básicos da biologia até processos de saúde-doença do cliente.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa, vou abordar o que é o processo digestivo, com base nos avanços sobre o estudo do sistema digestório humano e iremos falar no final a importância do conhecimento desse processo para a saúde!

PROCESSO DIGESTIVO:

A digestão dos nutrientes é um processo dinâmico, em que várias reações químicas ocorrem simultaneamente, ou seja, é um processo onde todos os órgãos, tecidos e células envolvidas no processo digestório, atuam em conjunto. Cada um dos nutrientes possui enzimas específicas para sua digestão. Os carboidratos complexos, como o amido, inicialmente são hidrolisados pelas amilases salivar e pancreática, respectivamente na boca e no estômago. Já transformados em dissacarídeos, são hidrolisados pelas dissacaridases (sacarase, maltase e lactase) na mucosa intestinal até se transformarem em monossacarídeos. Sua digestão é simultânea á absorção. A absorção é ativa através da ação do hormônio insulina.

A digestão dos lipídeos inicia-se no estômago, pela ação da lipase gástrica. No intestino delgado eles são emulsificados pelos sais biliares, que os tornam mais acessíveis á ação da lipase pancreática. Após isso ocorre sua absorção, no intestino delgado.


A digestão das proteínas inicia-se no estômago, através da ação da pepsina secretada pela mucosa gástrica. A ação da pepsina é possibilitada pelo pH ácido do estômago, decorrente da presença de ácido clorídrico. No duodeno, ocorre sobre as proteínas a ação das enzimas tripsina, quimiotripsina e elastase. A absorção das proteínas consome energia e é feita no intestino delgado. A absorção de proteínas intactas é importante no processo de desenvolvimento de alergia alimentar.


PROCESSO NUTRITIVO:


É o processo pelo qual o alimento se torna disponível para o organismo. Existem inúmeros fatores que contribuem para que ocorram desvios neste processo, tais como:
• Fatores que prejudicam a disponibilidade de alimentos: produção e distribuição, armazenamento e transporte;
• Fatores que prejudicam a utilização dos alimentos: hábitos alimentares, dietas, condições de sanidade, poder aquisitivo, ciclo evolutivo;
• Fatores que prejudicam a absorção dos alimentos: patologias e distúrbios psíquicos;

QUAL A IMPORTÂNCIA DESSES CONHECIMENTOS?

Esse conhecimento se faz importante, pois, na nossa atualidade, a estética, o desejo de ter um corpo saudável e escultural se faz presente. As mulheres, principalmente, tem uma tendência a seguir modelos de corpo perfeito sem ao menos estudar todas as consequências que rodeiam este "exemplo magnífico de corpo". Devemos entender todo o processo digestivo para poder pensar em como nós vamos nos alimentar. 

Eu enquanto enfermeiro, tenho a obrigação de promover a saúde, ensinando as práticas de vida saudável que pode auxiliar as pessoas a ter uma vida saudável e inclusive mostrar os efeitos da alimentação no corpo. Hoje em dia, a obesidade é um problema mundial, considerada como doença, e a importância da educação em saúde pode fazer a diferença.

OBS: Evite inventar "dietas" para emagrecer sem ir ao nutricionista ou médico. Avaliem a necessidade de ser feita uma dieta para controle da saúde e emagrecimento e se consulte com um profissional da área. 
OBS 2: Confie nas dietas que tem comprovação científica, não siga anúncios sem saber a fundo sobre o produto ou conceito que eles estão se baseando. Estudem sobre todo o processo digestivo e processo nutritivo antes de seguir um "modelo perfeito". Cada pessoa tem um metabolismo diferente, cabe ao médico, enfermeiro, nutricionista ou qualquer outro profissional de nível superior, estuda-lo e dizer qual seu metabolismo.

PARA FINALIZAR...

Eu li alguns artigos sobre essa tal DIETA DE 21 DIAS, para saber mais a fundo sobre isso. Vi alguns vídeos de pessoas que disseram ter tido sucesso nesse método que foi criado pelo Dr. Rodolfo Aurélio (Naturopata). Ele ensina métodos e combinações de dieta que auxiliam a pessoa a emagrecer de forma segura e saudável. Ele criou um site para identificar eletronicamente, baseando-se em perguntas específicas, quanto de células inflamadas nós temos no corpo e qual a solução. Caso você queria saber mais, CLIQUE AQUI!

ABAIXO SEGUE VÍDEOS DE DEPOIMENTO SOBRE ESSA DIETA DE 21 DIAS

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: ESTUDE MAIS SOBRE ESSE ASSUNTO PARA QUERER ALGO DESTE NÍVEL. SEGUE ABAIXO O PRÓPRIO DR. RODOLFO EXPLICANDO TODO O PROCESSO!



Até a próxima...


PRESSÃO INTRACRANIANA AUMENTADA: INTERVENÇÃO DE ALTA COMPLEXIDADE

Bom dia PROFISSIONAIS da Saúde!

Tudo bem com vocês?

Hoje irei abordar sobre PIC aumentada (Pressão Intracraniana) dentro do contexto da terapia intensiva, uma vez que, esse problema é muito comum dentro deste setor. A elevação da pressão intracraniana consiste em excesso de tecido cerebral, de sangue ou de líquido cerebrospinal (LCS) no crânio em determinado momento.

CONCEITO FISIOPATOLÓGICO: Em geral, o volume e a pressão desses três componentes estão em um estado de equilíbrio e compreendem, em seu conjunto, a PIC. Visto que há pouco espaço para expansão do tecido cerebral no crânio, o aumento de qualquer um desses componentes modifica o volume dos outros. Como de costume, a compensação é obtida pelo deslocamento ou desvio do LCS, aumento da absorção ou redução da produção de LCS, ou diminuição do volume sanguíneo cerebral. Sem essas alterações compensatórias, ocorre elevação da PIC. Embora a PIC elevada esteja mais comumente associada a traumatismo cranioencefálico, é possível observar elevação da pressão em consequência de tumores cerebrais, hemorragias subaracnóidea e encefalopatias tóxicas e virais. 


A elevação da PIC de qualquer etiologia diminui a perfusão cerebral, estimula a formação de mais edema e pode desviar o tecido cerebral. O resultado é a ocorrência de herniação, um evento extremamente grave e fatal. É de grande importância os profissionais de saúde terem conhecimento desse fato fisiopatológico para melhor abordagem terapêutica, uma vez que, sem essas informações, praticamente, iremos atirar no escuro.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Alteração do nível de consciência, alteração das respostas respiratórias e vasomotoras, letargia, agitação psicomotora, alentecimento da fala, confusão mental ou sonolência, tríade de Cushing (bradicardia, bradipneia e hipertensão), coma profundo e consequentemente, morte.


ACHADOS DIAGNÓSTICOS: Exame físico neurológico completo, tomografia computadorizada, ressonância magnética, angiografia cerebral, Doppler transcrâniano são os exames mais frequentes.



COMPLICAÇÕES: Herniação do tronco encefálico, resultando em anoxia cerebral irreversível e morte, Diabetes insípido.

INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA DE ALTA COMPLEXIDADE

• Administrar diurético osmótico, e possivelmente, corticosteroides;
• Aporte de líquidos restringidos;
• LCS drenado com cautela (evitar drenagem excessiva pois pode causar herniação e prolapso dos ventrículos cerebrais);
• Febre controlada com antipiréticos;
• Se não responder ao tratamento convencional, as demandas metabólicas celulares podem ser reduzidas pela administração de altas doses de barbitúricos ou de agentes paralisantes farmacológicos, como pancurônio;

INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM DE ALTA COMPLEXIDADE

• Discutir com o médico para posicionar o paciente em fowler ou supino;
• Realizar cateterismo vesical de demora e realizar o balanço hidreletrolítico;
• Avaliar sinais vitais de hora/hora e registrar no prontuário;
• Monitorar os sinais clínicos e o monitor multi parâmetros de hora/hora e registrar;
• Administrar os medicamentos prescritos pelo médico e observar resposta;
• Manter vias aéreas desobstruídas;
• Ofertar oxigênio antes e após a aspiração de vias aéreas;
• Desencorajar a tosse e a realização de esforço;
• Evitar rotação extrema e flexão do pescoço;
• Evitar flexão extrema do quadril, visto que provoca elevação da pressão intra-abdominal e intra-torácica, com consequente aumento da PIC;
• Manter acesso venoso salinizado;
• Assegurar a higiene oral cuidadosa e frequente, devido ao ressecamento da boca;
• Monitorar sinais de febre (pode indicar infecção e pode ser grave);
• Manter relação terapêutica entre todos os profissionais responsável pelo cuidado;



Então pessoal, tive como referência bibliografia o manual de Enfermagem Médico-Cirúrgica do Brunner & Suddath, alguns conceitos de intervenção de enfermagem foram por minha própria vontade e acredito que se todos esses cuidados forem feitos no paciente, a melhora clínica pode ser evidente. Estudem mais, se aprofundem e mantenham-se informados sobre novos conceitos! 

Até a próxima...

terça-feira, 24 de abril de 2018

LOMBALGIA: MEDICINA ALTERNATIVA E MEDICINA TRADICIONAL

Boa noite PROFISSIONAIS de SAÚDE!

Tudo bem com vocês?

Vamos falar a respeito da LOMBALGIA. Essa patologia é causada, na maioria dos casos, por um dentre numerosos problemas musculoesqueléticos, incluindo distensão lombossacral aguda, ligamentos lombossacrais instáveis e músculos fracos, problemas de discos intervertebrais e comprimento desigual das pernas. A depressão, a obesidade e o estresse constituem comorbidades frequentes. Em geral, a lombalgia causada por distúrbios musculoesqueléticos é agravada pela atividade, o que não ocorre com a dor ocasionada por outras condições.


FISIOPATOLOGIA: A coluna vertebral pode ser considerada como uma haste elástica, construída por unidades rígidas (vértebras) e unidades flexíveis (discos intervertebrais), mantidades unidas por complexas articulações dos processos articulares, múltiplos ligamentos e músculos paravertebrais. O desuso enfraquece essas estruturas musculares de sustentação. Os discos intervertebrais tornam-se mais densos e de forma irregular á medida que a pessoa envelhece, diminuindo, assim, o amortecimento entre as vértebras e estruturas nervosas associadas. A protusão do disco ou as alterações das articulações dos processos articulares podem causar pressão sobre as raízes nervosas em sua saída do canal espinal, resultando em dor que se irradia ao longo do nervo.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Lombalgia aguda ou crônica (com duração de mais de 3 meses, sem melhora) e fadiga. Dor que se irradia até a perna (radiculopatia, ciática). A marcha, a mobilidade da coluna vertebral, os reflexos, o comprimento das pernas, a força motora das pernas e a percepção sensorial podem ser afetados. Espasmos dos músculos paravertebrais podem ocorrer, podendo resultar em possível deformidade espinal. Pode ocorrer ainda incontinência urinária ou fecal e início recente de dor lombar em um cliente com câncer.



ACHADOS DIAGNÓSTICOS: História clínica e exame físico focalizados (exame neurológico, avaliação da marcha e exame das costas), Radiografia a coluna vertebral, Cintigrafia óssea e exames de sangue, Tomografia computadorizada, Ressonância Magnética, Eletromiograma e estudos de condução nervosa, Mielograma e Ultrassonografia podem ser utilizados.




PLANO TERAPÊUTICO (MEDICINA TRADICIONAL E ALTERNATIVA)

Realizar as atividades diárias o mais cedo possível;
• Aplicar calor local por 20 minutos 3x ao dia;
• Realizar manipulação da coluna vertebral (massoterapia);
• Realizar terapia cognitivo-comportamental (p. ex, biofeedback);
• Realizar exercícios aeróbicos de baixo impacto, sob supervisão de um profissional da área;
• Realizar fisioterapia para lombalgia;
• Acupuntura pode ser bastante útil como terapêutica alternativa;
• Evitar torcer o corpo, inclinar-se, levantar pesos e esticar-se;
• Utilizar medicamentos analgésicos (Sob prescrição médica);
• Eletroterapia constitui um método bem eficaz na redução da dor e do desconforto;

Todas essas condutas podem ser feitos por leigos, desde que sob supervisão de um profissional da saúde (Enfermeiro, médico ou fisioterapeuta), pois as complicações da lombalgia incluem estresse, depressão, compressão de nervos sensoriais, etc. A psicoterapia pode ser eficaz no tratamento e o repouso em colchão médio a firme precisa ser estimulada.

Até a próxima pessoal...

DPOC ENFISEMATOSO: PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO!

Boa tarde PROFISSIONAIS DE SAÚDE!!!!


O assunto que iremos abordar agora é sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica enfisematosa. É uma doença muito comum nos países onde o consumo de cigarros é extremamente exacerbado, como o Brasil e que causa bastante sofrimento por parte das pessoas acometidas e que leva a morte se cuidados especiais não forem realizados. Antes de abordar sobre a doença, vamos falar brevemente sobre o sistema respiratório desde o início.

O sistema respiratório é composto basicamente pelos orgãos que compreende as vias aéreas superiores (nariz, boca, faringe) e inferiores (laringe, traqueia, brônquios e pulmões). Nos alvéolos pulmonares ocorre o que chamamos de hematose (troca gasosa entre o ar que entra na corrente sanguínea e o gás carbônico que sai da corrente sanguínea). Qualquer alteração dentro desse processo configura anormalidade respiratória considerável.

A DPOC é passível de prevenção e tratamento, com alguns efeitos extrapulmonares significativos. A DPOC caracteriza-se por limitação do fluxo de ar, que não é totalmente reversível, geralmente progressiva e associada e resposta inflamatória do pulmão a partículas ou gases nocivos. A limitação do fluxo de ar resulta em estreitamento das vias respiratórias, hipersecreção de muco e alterações na vascularização pulmonar. 
A enfisema pulmonar, o comprometimento na troca de oxigênio e de dióxido de carbono resulta da destruição das paredes dos alvéolos hiper distendidos além dos bronquíolos terminais e destruição das paredes dos alvéolos. A medida que as paredes dos alvéolos são destruídas (um processo acelerado por infecções recorrentes), a área de superfície alveolar em contato direto com os capilares pulmonares diminui continuamente. Esse processo provoca aumento do espaço morto (área pulmonar em que não pode ocorrer nenhuma troca gasosa) e comprometimento da difusão de oxigênio, levando a hipoxemia.

Nos estágios mais avançados da doença, a eliminação de dióxido de carbono fica comprometida, resultando em aumento da pressão de dióxido de carbono no sangue arterial (hipercapnia), com consequente acidose respiratória. Á medida que as paredes capilares continuam o processo de destruição, o leito capilar pulmonar diminui de tamanho, aumentando, assim, a resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar, forçando o ventrículo direito a manter pressão arterial mais elevada na artéria pulmonar. Por esse motivo, a ICC direita constituem uma das complicações do enfisema. 


Existem dois tipos de enfisema: o tipo panlobular (destruição do bronquíolo respiratório, ducto alveolar e alvéolo) e o tipo centrilobular (alterações patológicas que ocorrem principalmente no centro do lóbulo secundário, preservando as porções periféricas do ácino). Ambos podem ocorrer em um único cliente.

FATORES DE RISCO: Tabagismo ativo e passivo, exposição a poeiras e substâncias químicas ocupacionais e poluição do ar em ambiente fechado e do ar ambiente, além de predisposição genética considerável ( deficiência de alfa1-antitripsina, predispondo indivíduos jovens ao desenvolvimento de enfisema lobular rápido na ausência de tabagismo).

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse crônica, produção de escarro e dispneia aos esforços, que agrava-se com o passar do tempo, perda de peso, hiperinsuflação crônica observada no enfisema que pode levar a configuração de "tórax em barril", uso de musculatura acessória para auxiliar na inspiração.

MANEJO CLÍNICO

• Cessação do tabagismo, quando apropriado;
• Broncodilatadores, corticosteroides e outros medicamentos (terapia de aumento de alfa1-antitripsina, antibióticos, agentes mucolíticos, agentes antitussígenos, vasodilatadores e narcóticos); 
• Vacinas de influenza e pneumonia são indicados para reduzir a morbidade grave;
• Oxigenioterapia, inclusive a noite;

MANEJO CIRÚRGICO

• Bulectomia para reduzir a dispneia; redução do volume pulmonar para melhorar elasticidade e função lobares;
• Cirurgia de redução de volume pulmonar (opção cirúrgica paliativa);
• Transplante de pulmão;

PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO

• Administrar medicamentos prescritos, realizando o aprazamento adequado;
• Realizar oxigenioterapia até 3L, inclusive a noite (Observar sinais de hiperoxigenação);
• Realizar aspiração de vias aéreas superiores, quando necessário;
• Realizar drenagem pulmonar e mudanças de decúbito a cada 2 horas, ou quando indicado;
• Realizar espirometria de incentivo;
• Realizar exame físico do sistema respiratório antes e depois dos procedimentos terapêutico;
• Registrar todos os achados clínicos no prontuário e comunicar ao médico quaisquer intercorrências;
• Realizar fisioterapia respiratória adequada para DPOC;
• Manter relacionamento terapêutico entre enfermeiros, médicos e fisioterapeutas para definir novos tratamentos;
• Orientar aos familiares e ao cliente a situação clínica atualizada;
• Realizar exame físico cardiovascular, identificando anormalidades decorrente das complicações do DPOC;
• Manter o paciente em posição de fowler para dormir ou em uma posição adequada para o paciente;

PROFISSIONAIS, então esses são os métodos mais atuais para a realização dos cuidados ao paciente com enfisema pulmonar. Espero ter ajudado a vocês, não deixe de me seguir aqui, e se inscreva no YOUTUBE, Clicando Aqui, pois em breve irei criar vídeos dentro do tema do cuidado, para que todos possam aprender como lidar com pacientes de baixa, média e alta complexidade.

Até logo...


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO: PLANEJAMENTO DO CUIDADO

Boa tarde ENFERMAGEM! 

Vamos abordar hoje o assunto de maior interesse para a comunidade médica e de enfermagem do mundo, essa doença que acomete milhões de pessoas pelo mundo e que causa sequelas bem difíceis de reversão. Hoje abordaremos sobre o ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO. Minha linha de pensamento clínico para este tema teve como referência principal meu manual de bolso do BRUNNER & SUDDATH (Manual de Enfermagem Médico-Cirúrgico).

Pois bem, vamos começar!



Antes de entender sobre a doença em sí, devemos ter o conhecimento clínico da vascularização cerebral. As artérias ficam encarregadas de transportas sangue oxigenado para todas as células de nosso corpo, em especial para o cérebro. Os acidentes vasculares cerebral hemorrágico (AVEH) representam, segundo o BRUNNER & SUDDATH (2016), 15% a 20% dos distúrbios vasculares cerebrais e são principalmente causados por hemorragias intracranianas ou subaracnóidea, com sangramento para o tecido cerebral, os ventrículos ou espaços subaracnóideo. 
Diferentemente do AVE isquêmico, a hemorragia intracerebral primária em consequência de ruptura espontânea de pequenos vasos é responsável por aproximadamente 80% dos casos de AVE hemorrágicos e é causada principalmente pela HAS não controlada. A hemorragia subacarnóidea resulta da ruptura de um aneurisma (enfraquecimento da parede arterial) intracraniano em aproximadamente metade dos casos. As artérias cerebrais mais comumente afetadas por um aneurisma são a artéria carótida interna (ACI), a artéria cerebral anterior (ACA), a artéria comunicante anterior (ACoA), a artéria comunicante posterior (ACoP), a artéria cerebral posterior (ACP) e a artéria cerebral média (ACM). As hemorragias secundárias estão associadas a malformações arteriovenosas (MAV), aneurismas intracranianos, neoplasias intracranianas ou certos medicamentos ( p. ex. anticoagulantes e anfetaminas).


FISIOPATOLOGIA

A fisiopatologia depende da causa e do tipo de distúrbio vascular cerebral. Os sinais e sintomas são provocados por hemorragia primária, aneurisma ou MAV que comprime os nervos cranianos ou o tecido cerebral ou, de modo mais dramático, quando um aneurisma ou MAV se rompe, causando hemorragias subaracnóidea. O metabolismo cerebral normal é afetado por qualquer um dos seguintes fatores: exposição do encéfalo ao sangue extravascular, elevação da pressão intracraniana (PIC), devido ao volume sanguíneo extravascular aumentado que comprime e lesiona o tecido cerebral, ou por isquemia secundária, em consequencia da redução do fluxo sanguíneo e do vasospasmo, que frequentemente acompanham a hemorragia subaracnóidea.
Idade avançada, angiopatia amiloide cerebral e o sexo masculino constituem os fatores de risco NÃO MODIFICÁVEIS. Hipertensão Arterial, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, MAV, certos fármacos e aterosclerose constituem fatores de risco MODIFICÁVEIS.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Cefaleia intensa de ocorrência súbita, vômitos, aletrações súbitas inicias do nível de consciência, Convulsões focais, déficits neurológicos, motores, sensoriais, cognitivos entre outros, sangramento grave, que pode resultar em coma e morte.

ACHADOS DIAGNÓSTICOS: História clínica, exame físico e neurológico completo, TC ou RM, angiografia cerebral, punção lombar (apenas se a TC for negativa e não houver evidências de elevação da PIC), Rastreamento toxicológico em pacientes com menos de 40 anos de idade.


TRATAMENTO: O tratamento clínico para o AVE hemorrágico consistem em possibilitar a recuperação do cérebro do agravo inicial (sangramento), prevenir ou minimizar o risco de novo sangramento, evitar e tratar complicações. O manejo consiste em repouso no leito com sedação para que não haja agitação e estresse, tratamento do vasospasmo e tratamento clínico ou cirúrgico para evitar a ocorrência de novos sangramentos. Se o sangramento for causado por anticoagulação com varfarina, a razão normalizada internacional (INR) pode ser corrigida com plasma fresco congelado e vitamina K. A reversão do efeito anticoagulante dos fármacos anticoagulantes mais recentes é complexa. São instituídas medidas profiláticas para evitar a ocorrência de tromboembolismo venoso, incluindo dispositivos de compressão sequencial (ou meias elásticas compressivas). 

Para o tratamento farmacológico podemos destacar: anticonvulsivantes para as ocorrências de convulsões, Hipoglicemiante para casos de hiperglicemia, agentes analgésicos para cefaleia e cervicalgia, anti-hipertensivos para controle da hipertensão arterial sistêmica.

TRATAMENTO CIRÚRGICO: As indicações de cirurgias incluem sinais de agravamento no exame neurológico, elevação da PIC ou sinais de compressão do tronco cerebral. As cirurgias podem evitar o sangramento em um aneurisma não roto ou que já se rompeu, isolando este aneurisma por meio de ligadura ou clipe através de seu colo. Evacuação cirúrgica é mais frequentemente realizada por meio de craniotomia. Pode-se utilizar técnicas endovasculares em clientes selecionados para ocluir o fluxo sanguíneo da artéria que alimenta o aneurisma com molas, ou outras técnicas podem ser usadas para ocluir o próprio aneurisma.
A ENFERMAGEM DEVE OBSERVAR OS SINAIS DE COMPLICAÇÃO EM PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO: Possíveis complicações (Desorientação, amnésia, síndrome de Korsakoff, alterações da personalidade, distúrbios eletrolíticos, oclusão pós-operatória da artéria e hemorragia digestiva).

PRESCRIÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM CLÍNICO-CIRÚRGICO

• Avaliar a pressão arterial de 10/10 min na primeira hora pós operatório, depois 15/15, 30/30 e 1h/1h, assim sucessivamente.
• Observar e registrar sinais de desorientação e sintomas neurológicos;
• Administrar medicamentos prescritos pelo médico e observar efeitos colaterais;
• Manter decúbito elevado a 45º para diminuir a PIC, caso esteja aumentado;
• Realizar cateterismo vesical de demora para controle hidreletrolítico;
• Manter acesso venoso salinizado;
• Realizar mudanças de decúbito a cada 2 horas;
• Comunicar ao médico quaisquer alterações significativas;
• Monitorar o estado respiratório e registrar no prontuário;
• Oferecer ambiente tranquilo, sem estímulos sensoriais e cognitivos exacerbadamente;
• Orientar o paciente a evitar esforço ou manobra de Valsalva;
• Evitar bebidas cafeinadas;
• Promover movimentação passiva dos músculos afetados pela disfunção neurosensorial;
• Realizar todos os cuidados pessoais, incluindo alimentação e higiene pessoal;
• Administrar emolientes fecais e laxantes suaves em casos de constipação intestinal;
• Observar sinais de vasospasmo (cefaleia intensificadas, alterações neurológicas, paralisias parciais) e comunicar ao médico;
• Em casos de convulsões, manter a via aérea desobstruídas e posicionar o paciente em decúbito lateral, além de administrar anticonvulsivantes; 
• Manter a estimulação neuro-sensorial-cognitivo em nível mínimo;
• Reorientar o paciente para ajudar a manter a orientação de tempo/espaço;
• Manter o cliente e a família bem informados sobre o estado de saúde do mesmo;

OUTRAS IMAGENS DE AVEH




Então é isso profissionais. SE INSCREVAM NO MEU CANAL NO YOUTUBE, vou lançar o primeiro vídeo profissional sobre cuidados clínicos em geral para ENFERMAGEM, MEDICINA e todas as outras áreas da saúde. CLIQUE AQUI  para ser direcionado ao YOUTUBE. 


Até a próxima...

ERROS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: COMO AGIR?

Boa noite Profissionais da saúde!!!! Tudo bem com vocês?? Hoje a noite vou esquentar o clima aqui do nosso blog e iremos falar sobre...