sexta-feira, 27 de abril de 2018

DOENÇA DE PARKINSON E A ENFERMAGEM: INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS

Bom dia PROFISSIONAIS da SAÚDE!!!!!

Tudo bem com vocês???

Hoje eu estou muito feliz, pois acordei de manhã e fui no sites de ranking de Blogs, e o nosso espaço de enfermagem está em 10º lugar no Ranking de Blog da saúde. Fico muito agradecido pela audiência do blog. E como de costume, vou falar sobre o processo saúde-doença dos clientes acometidos por patologia, mas não é qualquer patologia: Hoje abordaremos a DOENÇA DE PARKINSON!


A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo e lentamente progressivo, que afeta os centros cerebrais responsáveis pelo controle e pela regulação do movimento. A forma degenerativa ou idiopática da doença de Parkinson é a mais comum; existe também uma forma secundária com causa conhecida ou suspeita. Na maioria dos casos, a etiologia da doença é desconhecida. No entanto, as pesquisas sugerem diversos fatores causais (p. ex, genética, aterosclerose, infecções virais e traumatismo cranioencefálico). A doença geralmente aparece pela primeira vez na quinta década de vida, e constitui a quartqa doença neurodegenerativa mais comum.


FISIOPATOLOGIA:

A doença de Parkinson está associada a níveis diminuídos de dopamina, em consequência da destruição das células neuronais pigmentadas na substância nigra localizada na região dos núcleos da base do encéfalo. A perda das reservas de dopamina nessa área do encéfalo resulta em mais neurotransmissores excitatórios que inibitórios, levando a um desequilíbrio que afeta o movimento voluntário. A degeneração celular causa comprometimento dos tratos extrapiramidais que controlam as funções semiautomáticas e os movimentos coordenados. As células motoras do córtex motor e os tratos piramidais são afetados. O estresse oxidativo e o acúmulo de proteínas podem contribuir para a morte neuronal.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

• Tremores em repouso manifestam-se como movimentos unilaterais e lentos do antebraço e da mão e movimento do polegar contra os dedos, como se o cliente estivesse rolando pílulas. Os tremores em repouso aumentam com a concentração e a ansiedade;
• Rigidez muscular;
• Comprometimento do movimento: a bradicinesia;
• Perdas dos reflexos posturais, marcha arrastada e perda do equilíbrio;
• Outros sintomas: sudorese excessiva, rubor paroxístico, hipotensão ortostática, retenção gástrica e urinária, constipação intestinal e disfunção sexual. Alterações psiquiátricas (depressão, demência, delírio e alucinações). Micrografia (escrita em tamanho pequeno), hipocinesia (movimento diminuído), disfonia (fala arrastada, pastosa, baixa e menos audível).


ACHADOS DIAGNÓSTICOS:

História clínica e exame físico;
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET) e tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT);
• Resposta ao manejo farmacológico;


TRATAMENTO CLÍNICO:

 Levodopa constitui o agente mais efetivo e a base do tratamento; adiar o início da levodopa o máximo possível para evitar a síndrome de liga-desliga e outros efeitos adversos;
• Agentes anticolinérgicos, para o controle dos tremores e da rigidez;
• Cloridrato de amantadina, um agente antiviral, para reduzir a rigidez, os tremores e a bradicinesia;
• Agonistas da dopamina (pergolida, mesilato de bromocriptina, ropirinol e pramipexol);
• Inibidores da monoamina oxidase (IMAO), para amenizar a degradação da dopamina;
• Inibidores da catecol-O-metiltransferase (COMT), para reduzir as flutuações motoras;
• Medicamentos antidepressivos (tricíclicos, inibidores da recaptação de serotonina);
• Anti-histamínicos, para reduzir os tremores.

TRATAMENTO CIRÚRGICO:

• Estimulação encefálica profunda (EEP) por meio de eletrodos implantados pode ajudar a estimular a liberação de dopamina e bloquear a produção de acetilcolina nas vias nervosas do encéfalo que causam tremores;
• As cirurgias para destruir parte do tálamo (talamotomia e palidotomia estereotáxicas) para interromper vias nervosas são raramente utilizadas na prática atual;
• Transplante de células neurais de tecido fetal de origem humana ou animal, a fim de restabelecer a liberação normal de dopamina, ainda está em fase de pesquisa;



DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 

• Mobilidade física prejudicada, relacionada com rigidez muscular e fraqueza motora;
• Deficit do autocuidado (alimentar-se, beber, vestir-se, fazer higiene), relacionados com os tremores e o distúrbio motor;
• Constipação intestinal, relacionada com a medicação e a redução da atividade;
• Nutrição desequilibrada, menor do que as necessidades corporais, relacionada com os tremores, a lentidão durante a alimentação, dificuldade de mastigação e a deglutição;
• Comunicação verbal prejudicada, relacionada com a diminuição do volume da fala, dificuldade de mover os músculos faciais e lentidão da fala;

OBS: CADA PACIENTE PODE POSSUIR UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DIFERENTE. CABE AO ENFERMEIRO AVALIAR, REALIZAR O EXAME FÍSICO E HISTÓRIA CLÍNICA PARA DEFINIR O DIAGNÓSTICO CERTO.

PRESCRIÇÃO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Administrar medicamentos, conforme a prescrição médica;
• Realizar o aprazamento das medicações, conforme a necessidade do cliente;
• Planejar juntamente com o cliente, programa progressivo de exercícios diários;
• Incentivar os exercícios posturais para combater á tendência da cabeça e do pescoço a ficar inclinados para a frente e para baixo;
• Incentivar exercícios para mobilidade das articulações;
• Incentivar, orientar e fornecer apoio nas atividades diárias;
• Aumentar o consumo de líquidos; 
• Consumir alimentos com conteúdo moderado de fibras;
• Fornecer uma dieta semissólida com líquidos espessos, que são mais fáceis de deglutir;
• Promover a deglutição e evitar a aspiração, ensinando o cliente a sentar-se ereto durante as refeições;
• Monitorar semanalmente o peso do cliente;
• Encaminha-lo para o nutricionista para definir as necessidades nutricionais do cliente;
• Encaminha-lo para o fisioterapeuta, para definir os melhores exercícios para o cliente;
• Encaminha-lo ao médico, para avaliar a progressão da doença e definir condutas terapêuticas adequadas;
• Auxiliar o médico na avaliação dos medicamentos prescritos;
• Auxiliar o cliente nas atividades de higiene, movimentação, alimentação e medicação;



Existem muitos outros cuidados, isso vai variar de cliente para cliente. Espero que tenham gostado! 

Até a próxima...

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