O assunto que iremos abordar agora é sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica enfisematosa. É uma doença muito comum nos países onde o consumo de cigarros é extremamente exacerbado, como o Brasil e que causa bastante sofrimento por parte das pessoas acometidas e que leva a morte se cuidados especiais não forem realizados. Antes de abordar sobre a doença, vamos falar brevemente sobre o sistema respiratório desde o início.
O sistema respiratório é composto basicamente pelos orgãos que compreende as vias aéreas superiores (nariz, boca, faringe) e inferiores (laringe, traqueia, brônquios e pulmões). Nos alvéolos pulmonares ocorre o que chamamos de hematose (troca gasosa entre o ar que entra na corrente sanguínea e o gás carbônico que sai da corrente sanguínea). Qualquer alteração dentro desse processo configura anormalidade respiratória considerável.
A DPOC é passível de prevenção e tratamento, com alguns efeitos extrapulmonares significativos. A DPOC caracteriza-se por limitação do fluxo de ar, que não é totalmente reversível, geralmente progressiva e associada e resposta inflamatória do pulmão a partículas ou gases nocivos. A limitação do fluxo de ar resulta em estreitamento das vias respiratórias, hipersecreção de muco e alterações na vascularização pulmonar.
A enfisema pulmonar, o comprometimento na troca de oxigênio e de dióxido de carbono resulta da destruição das paredes dos alvéolos hiper distendidos além dos bronquíolos terminais e destruição das paredes dos alvéolos. A medida que as paredes dos alvéolos são destruídas (um processo acelerado por infecções recorrentes), a área de superfície alveolar em contato direto com os capilares pulmonares diminui continuamente. Esse processo provoca aumento do espaço morto (área pulmonar em que não pode ocorrer nenhuma troca gasosa) e comprometimento da difusão de oxigênio, levando a hipoxemia.
Nos estágios mais avançados da doença, a eliminação de dióxido de carbono fica comprometida, resultando em aumento da pressão de dióxido de carbono no sangue arterial (hipercapnia), com consequente acidose respiratória. Á medida que as paredes capilares continuam o processo de destruição, o leito capilar pulmonar diminui de tamanho, aumentando, assim, a resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar, forçando o ventrículo direito a manter pressão arterial mais elevada na artéria pulmonar. Por esse motivo, a ICC direita constituem uma das complicações do enfisema.
Existem dois tipos de enfisema: o tipo panlobular (destruição do bronquíolo respiratório, ducto alveolar e alvéolo) e o tipo centrilobular (alterações patológicas que ocorrem principalmente no centro do lóbulo secundário, preservando as porções periféricas do ácino). Ambos podem ocorrer em um único cliente.
FATORES DE RISCO: Tabagismo ativo e passivo, exposição a poeiras e substâncias químicas ocupacionais e poluição do ar em ambiente fechado e do ar ambiente, além de predisposição genética considerável ( deficiência de alfa1-antitripsina, predispondo indivíduos jovens ao desenvolvimento de enfisema lobular rápido na ausência de tabagismo).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse crônica, produção de escarro e dispneia aos esforços, que agrava-se com o passar do tempo, perda de peso, hiperinsuflação crônica observada no enfisema que pode levar a configuração de "tórax em barril", uso de musculatura acessória para auxiliar na inspiração.
MANEJO CLÍNICO
• Cessação do tabagismo, quando apropriado;
• Broncodilatadores, corticosteroides e outros medicamentos (terapia de aumento de alfa1-antitripsina, antibióticos, agentes mucolíticos, agentes antitussígenos, vasodilatadores e narcóticos);
• Vacinas de influenza e pneumonia são indicados para reduzir a morbidade grave;
• Oxigenioterapia, inclusive a noite;
MANEJO CIRÚRGICO
• Bulectomia para reduzir a dispneia; redução do volume pulmonar para melhorar elasticidade e função lobares;
• Cirurgia de redução de volume pulmonar (opção cirúrgica paliativa);
• Transplante de pulmão;
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
• Administrar medicamentos prescritos, realizando o aprazamento adequado;
• Realizar oxigenioterapia até 3L, inclusive a noite (Observar sinais de hiperoxigenação);
• Realizar aspiração de vias aéreas superiores, quando necessário;
• Realizar drenagem pulmonar e mudanças de decúbito a cada 2 horas, ou quando indicado;
• Realizar espirometria de incentivo;
• Realizar exame físico do sistema respiratório antes e depois dos procedimentos terapêutico;
• Registrar todos os achados clínicos no prontuário e comunicar ao médico quaisquer intercorrências;
• Realizar fisioterapia respiratória adequada para DPOC;
• Manter relacionamento terapêutico entre enfermeiros, médicos e fisioterapeutas para definir novos tratamentos;
• Orientar aos familiares e ao cliente a situação clínica atualizada;
• Realizar exame físico cardiovascular, identificando anormalidades decorrente das complicações do DPOC;
• Manter o paciente em posição de fowler para dormir ou em uma posição adequada para o paciente;
PROFISSIONAIS, então esses são os métodos mais atuais para a realização dos cuidados ao paciente com enfisema pulmonar. Espero ter ajudado a vocês, não deixe de me seguir aqui, e se inscreva no YOUTUBE, Clicando Aqui, pois em breve irei criar vídeos dentro do tema do cuidado, para que todos possam aprender como lidar com pacientes de baixa, média e alta complexidade.
Até logo...
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