De
acordo com Ribeiro (2016) O Enfermeiro de Centro Cirúrgico é o elemento que
coordena a realização do ato anestésico-cirúrgico, isto é, prevendo, provendo, controlando,
avaliando os recursos humanos e materiais. A equipe de enfermagem composta pelo
enfermeiro e demais profissionais de saúde (Técnico de enfermagem e auxiliar de
enfermagem) trabalha na promoção, proteção e recuperação da saúde, alem de
prevenção de doenças e agravos à saúde.
Segundo
Galvão et al (1990), o CC é um dos mais complexos setores hospitalares
considerando a amplitude de suas finalidades. A principal delas é a realização
de intervenções cirúrgicas, devolvendo o paciente à unidade de origem, na
melhor condição possível de integridade, sem causar danos a mais na saúde.
O
enfermeiro trabalha no ensino e pesquisa relacionada à área de atuação em que o
mesmo se encontra, neste caso o centro cirúrgico, desenvolvendo novos métodos
de prevenção de infecções e atualizando-se através de artigos científicos sobre
novos protocolos de atuação nas prevenções, ensinando a sua equipe as melhores
condutas.
Segundo
Ribeiro (2015) os objetivos da equipe de enfermagem no centro cirúrgico é Prestar
assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período perioperatório. Proporcionar
recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro de
condições ideais, técnicas e assépticas. Favorecer o ensino, a fim de
contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos. Proporcionar
condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas, no sentido de aprimorar o
conhecimento técnico científico e melhorar a assistência prestada.
INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO PROPRIAMENTE DITA
De
acordo com Santos et al (2016), as cirurgias realizadas no trato digestivo,
seguidas pelas cirurgias cardiotorácicas e ortopédicas, são os procedimentos
que mais possuem infecções em seus sítios cirúrgicos, o que quer dizer que é
um indicativo do que o enfermeiro precisa ter em mente para realização dos seus
cuidados.
Ainda
segundo Santos et al (2016) as bactérias gram negativas foram os microrganismos
mais citados nos artigos estudados por ele, como responsáveis pelas infecções
de sítio cirúrgico, e as espécie mais presentes nas incisões cirúrgicas foi o Staphylococcus aureus.
(Cultura de staphylococcus aureus)
De
acordo com Fusco et al (2016) “a incidência de ISC nos pacientes submetidos a
cirurgias de cólon foi de 16,7%, e destes, 9,7% identificados pela vigilância
pós-alta. Os fatores de risco associados com ISC relacionados ao paciente foram
o sexo masculino e a pontuação de Charlson, e relacionado ao procedimento
cirúrgico foi o preparo mecânico intestinal. ISC também foi associada a maior
tempo de internação pós-operatória.”
Ainda
nesta pesquisa realizada por Fusco et al (2016), salienta-se a importância da
compreensão dos profissionais de saúde sobre os fatores de risco que
influenciam a incidência de ISC, para que todos possam contribuir na realização
de novos estudos sobre a qualidade da assistência prestada.
A
atuação da equipe de enfermagem, nesse cenário, é muito importante, por ser a
classe profissional que geralmente acompanha o paciente em todo o período
perioperatório, que é responsável pela correta higienização da sala de
cirurgia, pela central de material e esterilização e pelo serviço de vigilância
epidemiológica e comissão de controle de infecções relacionadas à assistência
de saúde (SANTOS et al, 2015)
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO
(Reunidos por mim na minha pesquisa)
•Preparo da pele do paciente ( solução antisséptica c/ clorexidine ou
PVPI);
•Banho pré-operatório com solução antisséptica na noite anterior a
cirurgia;
•Preparo da pele da equipe cirúrgica (Lavagem das mãos antes da
degermação cirúrgica, remover anéis, relógios e pulseiras e degermação
cirúrgica c/ solução asséptica, com
duração de 5 minutos na primeira e 2 minutos nas demais);
•Tricotomia se necessário e imediatamente antes do ato cirúrgico;
•Antibioticoprofilaxia adequada antes do ato cirúrgico somente quando
indicado(Fluoroquinolonas e vancomicina 2 horas antes da incisão e suspensão 24
horas após o ato cirúrgico);
•Manter a normotermia no perioperatório;
• Manter o controle glicêmico para pacientes diabéticos ou não diabéticos
( <180 mg/dl)
• Realizar cuidados com ambiente cirúrgico e materiais;
• Realizar cuidados adequados com drenos
e curativos apropriados;
CONCLUINDO
A enfermagem como ciência, trabalha na Prevenção de agravos a saúde, de forma autônoma e livre de riscos de possam atingir a
integridade física, psíquica e social do paciente. Cabe ao enfermeiro coordenar
sua equipe para a melhor realização dos procedimentos técnico cientifico de
forma segura e eficaz, e cabe aos profissionais de saúde técnicos e auxiliares
realizar a assistência prescrita pelo enfermeiro e dar prioridade a segurança
do paciente.
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Espero ter ajudado no estudo de vocês!!
Grande Abraço a todos e até a próxima!!
REFERÊNCIAS DO MEU ESTUDO
BRASIL, HIAE. Prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Disponível em: https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/guias-e-protocolos/Documents/manual_infeccao_zero_compacto.pdf Acesso em: 01/05/2017 as 10:53.
BRASIL, ANVISA. Prevenção do Sítio cirúrgico. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/IIseminario_2008/prevencao_deinfeccao_desitiocirurgico_renatogrinbaum.pdf Acesso em:01/05/2017 as 10:54
RIBEIRO, Maria da Conceição Muniz. Atuação do Enfermeiro no Centro
Cirúrgico. Rio de janeiro, 2015.
SANTOS, Gabriela do Carmo. BAYLÃO, Ana Flávia Guimarães. BORGES, Samella
Cristine Ferreira. ET AL. Incidência e fatores de risco de infecção de sítio
cirúrgico: Revisão integrativa. Universidade Federal de Goias, v. 11, n.1,
2015.
FUSCO SFB, MASSARICO NM, ALVES MVMFF, FORTALEZA CMCB, PAVAN ECP, PALHARES
VC, et al. Surgical site infection and its risk factors in colon surgeries. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):43-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100006.
NUNES, Mariana Brito de Souza. A
atuação do enfermeiro no controle de infecção de sítio cirúrgico nos cuidados
pré e pós-operatórios. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal
Fluminense, Niterói: [s.n.], 2016.
SANTOS, Wanderlei Barbosa dos. ARAUJO, Maria Gabriella Silva. SILVA,
Jeferson Caetano. Et al. Microbiota
Infectante de ferida cirúrgicas: Análise da produção nacional e internacional. .
Rev. SOBECC, São Paulo. JAN./MAR. 2016.
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