quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO

De acordo com Ribeiro (2016) O Enfermeiro de Centro Cirúrgico é o elemento que coordena a realização do ato anestésico-cirúrgico, isto é, prevendo, provendo, controlando, avaliando os recursos humanos e materiais. A equipe de enfermagem composta pelo enfermeiro e demais profissionais de saúde (Técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem) trabalha na promoção, proteção e recuperação da saúde, alem de prevenção de doenças e agravos à saúde.


Segundo Galvão et al (1990), o CC é um dos mais complexos setores hospitalares considerando a amplitude de suas finalidades. A principal delas é a realização de intervenções cirúrgicas, devolvendo o paciente à unidade de origem, na melhor condição possível de integridade, sem causar danos a mais na saúde.

O enfermeiro trabalha no ensino e pesquisa relacionada à área de atuação em que o mesmo se encontra, neste caso o centro cirúrgico, desenvolvendo novos métodos de prevenção de infecções e atualizando-se através de artigos científicos sobre novos protocolos de atuação nas prevenções, ensinando a sua equipe as melhores condutas.


Segundo Ribeiro (2015) os objetivos da equipe de enfermagem no centro cirúrgico é Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo o período perioperatório. Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado dentro de condições ideais, técnicas e assépticas. Favorecer o ensino, a fim de contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos. Proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas, no sentido de aprimorar o conhecimento técnico científico e melhorar a assistência prestada.


INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO PROPRIAMENTE DITA


De acordo com Santos et al (2016), as cirurgias realizadas no trato digestivo, seguidas pelas cirurgias cardiotorácicas e ortopédicas, são os procedimentos que mais possuem infecções em seus sítios cirúrgicos, o que quer dizer que é um indicativo do que o enfermeiro precisa ter em mente para realização dos seus cuidados.

Ainda segundo Santos et al (2016) as bactérias gram negativas foram os microrganismos mais citados nos artigos estudados por ele, como responsáveis pelas infecções de sítio cirúrgico, e as espécie mais presentes nas incisões cirúrgicas foi o Staphylococcus aureus.

(Cultura de staphylococcus aureus)

De acordo com Fusco et al (2016) “a incidência de ISC nos pacientes submetidos a cirurgias de cólon foi de 16,7%, e destes, 9,7% identificados pela vigilância pós-alta. Os fatores de risco associados com ISC relacionados ao paciente foram o sexo masculino e a pontuação de Charlson, e relacionado ao procedimento cirúrgico foi o preparo mecânico intestinal. ISC também foi associada a maior tempo de internação pós-operatória.”

Ainda nesta pesquisa realizada por Fusco et al (2016), salienta-se a importância da compreensão dos profissionais de saúde sobre os fatores de risco que influenciam a incidência de ISC, para que todos possam contribuir na realização de novos estudos sobre a qualidade da assistência prestada.
A atuação da equipe de enfermagem, nesse cenário, é muito importante, por ser a classe profissional que geralmente acompanha o paciente em todo o período perioperatório, que é responsável pela correta higienização da sala de cirurgia, pela central de material e esterilização e pelo serviço de vigilância epidemiológica e comissão de controle de infecções relacionadas à assistência de saúde (SANTOS et al, 2015)

MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO
(Reunidos por mim na minha pesquisa)

•Preparo da pele do paciente ( solução antisséptica c/ clorexidine ou PVPI);
•Banho pré-operatório com solução antisséptica na noite anterior a cirurgia;
•Preparo da pele da equipe cirúrgica (Lavagem das mãos antes da degermação cirúrgica, remover anéis, relógios e pulseiras e degermação cirúrgica c/ solução  asséptica, com duração de 5 minutos na primeira e 2 minutos nas demais);
•Tricotomia se necessário e imediatamente antes do ato cirúrgico;
•Antibioticoprofilaxia adequada antes do ato cirúrgico somente quando indicado(Fluoroquinolonas e vancomicina 2 horas antes da incisão e suspensão 24 horas após o ato cirúrgico);
•Manter a normotermia no perioperatório;
• Manter o controle glicêmico para pacientes diabéticos ou não diabéticos ( <180 mg/dl)
• Realizar cuidados com ambiente cirúrgico e materiais;
• Realizar cuidados adequados com drenos  e curativos apropriados; 
CONCLUINDO

A enfermagem como ciência, trabalha na Prevenção de agravos a saúde, de forma autônoma e livre de riscos de possam atingir a integridade física, psíquica e social do paciente. Cabe ao enfermeiro coordenar sua equipe para a melhor realização dos procedimentos técnico cientifico de forma segura e eficaz, e cabe aos profissionais de saúde técnicos e auxiliares realizar a assistência prescrita pelo enfermeiro e dar prioridade a segurança do paciente. 

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Espero ter ajudado no estudo de vocês!! 
Grande Abraço a todos e até a próxima!!

REFERÊNCIAS DO MEU ESTUDO

BRASIL, HIAE. Prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Disponível em: https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/guias-e-protocolos/Documents/manual_infeccao_zero_compacto.pdf Acesso em: 01/05/2017 as 10:53.
BRASIL, ANVISA. Prevenção do Sítio cirúrgico. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/IIseminario_2008/prevencao_deinfeccao_desitiocirurgico_renatogrinbaum.pdf Acesso em:01/05/2017 as 10:54
RIBEIRO, Maria da Conceição Muniz. Atuação do Enfermeiro no Centro Cirúrgico. Rio de janeiro, 2015.
SANTOS, Gabriela do Carmo. BAYLÃO, Ana Flávia Guimarães. BORGES, Samella Cristine Ferreira. ET AL. Incidência e fatores de risco de infecção de sítio cirúrgico: Revisão integrativa. Universidade Federal de Goias, v. 11, n.1, 2015.
FUSCO SFB, MASSARICO NM, ALVES MVMFF, FORTALEZA CMCB, PAVAN ECP, PALHARES VC, et al. Surgical site infection and its risk factors in colon surgeries. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):43-9. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100006.
NUNES, Mariana Brito de Souza. A atuação do enfermeiro no controle de infecção de sítio cirúrgico nos cuidados pré e pós-operatórios. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal Fluminense, Niterói: [s.n.], 2016.
SANTOS, Wanderlei Barbosa dos. ARAUJO, Maria Gabriella Silva. SILVA, Jeferson Caetano. Et al. Microbiota Infectante de ferida cirúrgicas: Análise da produção nacional e internacional. . Rev. SOBECC, São Paulo. JAN./MAR. 2016.

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