Tudo bem com vocês?
Nosso tema de hoje é bem interessante e vale muito apena conferir, pois este assunto é pertinente a todos os profissionais de saúde que trabalham em hospitais na beira do leito, ou seja, é abrangente a todos da área da saúde. Requer um tempo para estudar, porque é um conteúdo bem extenso e que ao final deste estudo, os colegas irão obter um conhecimento riquíssimo para a prática! ENTÃO, VOCÊ ENFERMEIRO E EQUIPE DE ENFERMAGEM, MÉDICO, FISIOTERAPEUTAS, sejam muito bem vindos!
Dando início ao nosso conteúdo, devemos entender o seguinte: A incidência de diabetes aqui no Brasil está aumentando de forma drástica. O diabetes é a causa mais comum das amputações de membros. Antes de existir a possibilidade de amputação, existe a ferida. Antes da ferida, existe uma neuropatia. Como enfermeiros devemos entender o seguinte: A PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO. Imagina se a prevenção fosse prioridade nossa, quantas lesões iriam existir por causa da diabetes?
Pois bem, os distúrbios neurológicos causados pelo diabetes são chamados de neuropatias e conota-se que são causados pela hiperglicemia e doença microvascular. O dano nervoso é causado também por outros fatores, como lesões mecânicas e autoimunes que obviamente causa inflamações nos nervos. Podemos dizer que a hiperglicemia lentifica a cicatrização de feridas, pois o sangue fica mais viscoso, prejudica as defesas do organismo (que pode acarretar em risco de infecção), pode causar doença vascular, consequentemente poderá causar uma quebra de proteínas e diminuir a síntese de colágeno.
Existem 3 tipos de neuropatia, vou falar bem rapidamente sobre as 3: Neuropatia sensorial/periférica (afeta braços, pernas, pés e mãos). Pode acarretar em parestesia, insensibilidade a dor ou a temperatura, perda de equilíbrio e coordenação, perda do reflexo do tendão profundo. Neuropatia autonômica (afeta os nervos do coração e órgãos internos). Neuropatia motora: Afeta os nervos que controlam os músculos resultando em atrofia muscular dos pés.
CLASSIFICAÇÃO DE WAGNER PARA ÚLCERAS DIABÉTICAS NOS PÉS
Esta classificação é bem conceituada nos estudos clínicos dos enfermeiros (falo dos enfermeiros porque eu sou enfermeiro, mas também é bem utilizada por médicos e outros profissionais de saúde) e que é mais fácil e prático de entender os graus da lesão diabética.
Grau 0 (Lesão pré-ulcerativa, ulceras cicatrizadas, presença de deformidade óssea)
Grau 1 (Lesão superficial sem envolvimento de tecido subcutâneo)
Grau 2 (Penetração da lesão no tecido subcutâneo, expondo ossos, tendões, ligamentos ou capsula articular)
Grau 3 (Osteite, abcesso ou osteomielite)
Grau 4 (gangrena parcial)
Grau 5 (Gangrena do pé inteiro)
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM POSSÍVEIS
* RISCO DE INTEGRIDADE TISSULAR DA PELE PREJUDICADA
* INTEGRIDADE TISSULAR PREJUDICADA
* RISCO DE LESÃO
* RISCO DE CONTAMINAÇÃO
* DOR AGUDA OU DOR CRÔNICA
* DISTÚRBIO NA IMAGEM CORPORAL
Existe muito mais diagnósticos, porém esses são os fundamentais!!
TRATAMENTO CLÍNICO E TRATAMENTO DE ENFERMAGEM
(Tratamento clínico)
- Terapia de redução de carga (palmilhas de contato total, meias-sapatos, talas personalizadas)
- Consultas com cirurgião vascular
- Educação em saúde (controle glicêmico)
- Dieta pobre em açucares
- Tratamento da ferida (desbridamentos e necessário, pomadas antibacteriana se necessário, curativos a base de prata para infecções, AGE e hidrogel)
(Tratamento de ENFERMAGEM)
- Realizar os curativos conforme protocolo da instituição e ciência do profissional;
- Realizar a devida limpeza da lesão com SF 0,9% e manter a umidade;
- Realizar o desbridamento da ferida, conforme necessidade e capacitação do enfemeiro;
- Educar o paciente quanto a alimentação adequada e controle glicêmico;
- Realizar o controle glicêmico 2x ao dia;
- Proporcionar conforto e controle da dor;
- Administrar medicamentos conforme a prescrição médica;
- Consultar um estomaterapeuta ou cirurgião vascular para determinar o melhor tratamento;
- Realizar curativo com ataduras elásticas no sentido do retorno venoso;
- Realizar Banho de aspersão morno;
- Realizar condutas terapêuticas para melhorar a autoestima;
- Motivar o paciente a continuar o tratamento até a cura da sua enfermidade;
- Improvisar botas removíveis com palmilha;
- Salientar a importância dos cuidados de enfermagem;
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