Tudo bem com vocês?
Hoje, nosso tema terá como foco ISTs (Infecção sexualmente transmissível) com enfase sobre sífilis. A doença sexualmente transmissível é um termo para descrever doenças adquiridas por meio de contato sexual com uma pessoa infectada. Essas doenças tem graves consequências para a saúde; representam ônus financeiro estimado em até 17 bilhões de dólares por ano (BRUNNER & SUDDATH, 2016).
Em geral, os clientes acometidos com sintomas de infecção sexualmente transmissível frequentemente relutam em procurar assistência médica em um momento oportuno. Dependendo do tipo de doença que estamos falando, as ISTs podem evoluir sem sintomas, e qualquer retardo no diagnóstico e no tratamento é potencialmente prejudicial, visto que o risco de complicações para o indivíduo infectado aumenta com o decorrer do tempo.
FISIOPATOLOGIA DAS ISTs:
As portas de entrada dos microrganismos que causam IST e os locais de infecção incluem a pele e o revestimento mucoso da uretra, colo do útero, vagina, reto e orofaringe. As ISTs podem ser adquiridas in útero, a partir da mãe infectada. Os sintomas são variáveis, dependendo do microrganismo infectante, e podem simular outros diagnósticos.
Vamos ao que interessa para o tema de hoje! Sabendo de tudo isso vamos falar sobre a SÍFILIS!
A sífilis é uma doença infecciosa aguda e crônica causada pela espiroqueta Treponema Pallidum. Os estágios primário, secundário e terciário refletem o intervalo de tempo entre a infecção e as manifestações clínicas observadas nesse período. Esses estágios constituem a base para as decisões de tratamento.
• A sífilis primária ocorre em 2 a 3 semanas após a inoculação inicial. Surge uma lesão indolor no local de infecção, denominada cancro, que habitualmente desaparece em 3 a 12 semanas.
• A sífilis secundária ocorre quando a disseminação hematogênica dos microrganismos a partir do cancro original leva a uma infecção generalizada. O exantema da sífilis secundária surge cerca de 2 a 8 semanas após o cancro e acomete o tronco e os membros, incluindo as palmas das mãos e a planta dos pés. Os sinais generalizados de infecção podem incluir linfadenopatia, artrite, meningite, queda dos cabelos, febre, mal-estar e perda de peso.
• A sífilis terciária é o estágio final da história natural da doença. Entre 20% e 40% dos indivíduos acometidos não apresentam sintomas. A sífilis terciária manifesta-se na forma de uma doença inflamatória lentamente progressiva, com potencial de acometer múltiplos órgãos. As manifestações mais comuns nesse nível consistem em aortite e neurossífilis, conforme evidenciado pela ocorrência de demência, psicose, paresia, acidente vascular encefálico ou meningite.
ACHADOS DIAGNÓSTICOS:
• História clínica e exame físico completo;
• Avaliações laboratoriais são importantes;
• Identificação direta do espiroqueta obtido de um cancro;
• Testes sorológicos, como testes não treponêmicos ou de reagina (VDRL), ou o teste em cartão da reagina plasmática rápida (RPR-CT); teste do anticorpo antitreponêmico fluorescente (FTA-ABS) e o teste de micro-hematoglutinação (MHA-TP);
TRATAMENTO CLÍNICO:
• Antibioticoterapia em todos os estágios da doença;
• Para sífilis inicial com menos de 1 ano de duração, o método terapêutico é a administração intramuscular em dose única da Penicilina G benzatina; Pode ser substituído pela doxiciclina se o cliente for alérgico á penicilina;
• A sífilis latente tardia ou a sífilis latente de duração desconhecida deve ser tratada com três injeções de antibiótico, a intervalo de 1 semana;
PREVENÇÃO CONTRA SÍFILIS
• Utilizar preservativos da maneira correta para formar uma barreira protetora contra a transmissão de microrganismo;
• Realizar a higiene íntima antes e depois do ato sexual;
• Orientar a população mais carente sobre métodos contraceptivos e auxiliar na educação sexual;
• Evitar múltiplos parceiros sexuais, pois pode ser um risco muito grande de transmissão de doenças;
• Reunir grupos de discussão sobre ideias para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
• Procurar ajuda da equipe de saúde, sempre que necessário;
• Realizar exames periódicos de saúde para monitorar o seu estado de saúde;
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